Nicolas Maduro: "decidimos propor uma ofensiva para combater a crise econômica por meio de mudanças na política e em órgãos do governo" (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2013 às 22h55.
Bogotá - O governo de Nicolás Maduro divulgou hoje (6) seis medidas para enfrentar os problemas econômicos na Venezuela. Entre elas estão o controle de preços e do câmbio; liberação de recursos para o setor produtivo; criação de uma corporação para transporte de produtos; operações cívico-militares para fiscalizar a especulação financeira; e programas para promover a poupança.
“Decidimos propor uma ofensiva para combater a crise econômica por meio de mudanças na política e em órgãos do governo, assim como a criação de mecanismos para equilibrar a economia real”, anunciou Maduro em um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV.
O sistema de fixação de preços “justos e máximos” para todos os produtos definirá os valores que poderão ser utilizados pelo comércio. A obediência aos preços será fiscalizada pela própria população e forças militares do país, por meio das operações cívico-militares.
“Vamos até o último canto deste país para ver o preço. Será uma grande operação de equilíbrio, e tenho poderes econômicos definidos. Com a Lei Habilitante, esse processo será mais fácil”, destacou Maduro. Segundo ele, para fiscalizar os preços, os estabelecimentos comerciais serão inspecionados, especialmente aqueles que se dedicam à venda de produtos têxteis, calçados, eletrodomésticos e veículos.
O presidente venezuelano também anunciou que será criado o Fundo de Compensação e Estabilização para a proteção dos preços, bens e produtos de consumo prioritário, como alimentação.
O maior controle de câmbio será feito, segundo Maduro, com a criação de um Centro Nacional de Comércio Exterior, órgão que deverá dirigir a atual política de administração de divisas. Um Pressuposto Nacional em Divisas do Estado Venezuelano, segundo ele, vai “otimizar os investimentos dos dólares que pertencem ao país”.
Com relação aos incentivos ao setor produtivo, o presidente prometeu impulsionar as empresas que invistam no mercado nacional e injetar recursos para garantir o seu funcionamento. “Aprovei todos os recursos para garantir o investimento em bolívares e em dólares, especialmente para sustentar o abastecimento alimentício e de bens fundamentais, para novembro e dezembro e primeiro semestre de 2014”, disse.
A Corporação Nacional de Serviço, Logística e Transporte, de acordo com Maduro, representará um novo sistema para garantir o abastecimento. Com esse objetivo, disse, que pediu uma frota de 5 mil caminhões para o Brasil e a China.
Por último, o governo prometeu premiar a incentivar a poupança no país. “Isso temos que coordenar para buscar ações especiais que possam estimular o regresso de capital e divisas à Venezuela”, explicou.