Economia

M.Jorge: lista foi adiada para não constranger Hillary

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, afirmou hoje que a lista de produtos dos Estados Unidos que o Brasil vai retaliar está pronta desde a última sexta-feira (dia 26), e só teve sua divulgação no Diário Oficial da União adiada para a próxima segunda-feira (dia 8) para […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, afirmou hoje que a lista de produtos dos Estados Unidos que o Brasil vai retaliar está pronta desde a última sexta-feira (dia 26), e só teve sua divulgação no Diário Oficial da União adiada para a próxima segunda-feira (dia 8) para não constranger a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que visitou o País nesta semana. O Brasil ganhou o direito de retaliação após vencer na Organização Mundial do Comércio (OMC) um contencioso contra os subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores e exportadores de algodão.

"A lista já estava definida desde sexta-feira e seria publicada na segunda-feira (dia 1º de março), mas por um acordo entre o MDIC e o Ministério das Relações Exteriores resolvemos adiar a publicação até a próxima segunda-feira para não causar nenhum tipo de constrangimento à secretária Hillary Clinton, que estava chegando ao Brasil", afirmou Miguel Jorge.

O ministro acredita na possibilidade de negociação entre Brasil e Estados Unidos para evitar a retaliação, mas reiterou que, até o momento, os EUA não entraram em contato com o governo brasileiro para apresentar uma contraproposta. "Acreditamos na negociação. Para nós é o melhor, mas não tem de partir de nosso lado. Estamos esperando o outro lado se manifestar. Somos pacientes neste caso", explicou.

Miguel Jorge destacou que a retaliação só será iniciada 30 dias depois da publicação dos itens no Diário Oficial, de acordo com normas da OMC. "Imaginamos que o prazo de 30 dias pode ser bastante razoável para que a gente receba um aceno dos EUA."

O ministro não revelou o conteúdo da lista e evitou comentar reportagem publicada hoje no jornal Valor Econômico segundo a qual veículos fariam parte dos itens retaliados. Questionado sobre o pedido da Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores (Anfavea) para que automóveis e autopeças sejam excluídos da lista, Miguel Jorge foi categórico: "Todo mundo que está na lista vai se manifestar contra. É bastante natural que a Anfavea se manifeste."

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