Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: Brasil é um dos que mais cria empregos (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2011 às 16h28.
Brasília - Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá o novo patamar da taxa básica de juros, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, avaliou que o Brasil está tomando as medidas certas para controlar a inflação. "A inflação é contra o salário", resumiu na tarde de hoje durante conversa com jornalistas.
Segundo ele, o Brasil está agindo da forma certa, pois não tem adotado uma regra fixa para resolver seus problemas, mas, sim, uma regra adaptada a cada momento. "Por isso vemos que continua crescendo a empregabilidade no Brasil", afirmou.
Lupi destacou que o Brasil está entre os dois ou três países do mundo a puxar a geração de empregos. Para ele, o grande diferencial doméstico é o mercado interno. "A base da pirâmide está ganhando acima da inflação e está comprando. Na Europa, por exemplo, já se comprou tudo", comparou.
Além disso, colabora para o cenário positivo nacional, conforme o ministro, o aumento dos investimentos internacionais. "Há uma grande respeitabilidade pelo Brasil e os investimentos externos invertem o problema do auge da crise de 2009", disse.
Previdência
Lupi disse que enviará no início de agosto para o Ministério da Previdência a proposta para a criação do Simples das Domésticas, antes de encaminhá-la à presidente Dilma Rousseff. O documento também terá de passar pelo Ministério da Fazenda, provavelmente em setembro, antes de seguir para o Planalto.
A intenção da proposta é simplificar e reduzir a quantidade de tributos para ampliar a contratação de empregados domésticos com vínculo formal. Como é baseada no Simples Nacional, regime de tributação específico para micro e pequenas empresas, a proposta também ganhou o apelido de "Simples".
No mês passado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou a concessão dos mesmos direitos básicos aos trabalhadores domésticos em relação a outros profissionais. O Brasil votou a favor dessa equiparação.