Economia

Lojistas reivindicam isenção de IPI para móveis

Solicitação do comércio varejista foi feita ao Ministério da Fazenda

O argumento do setor ao governo foi o de que a linha de móveis é muito similar ao da linha branca em termos de impacto para o setor (Urbane Apartments/Creative Commons)

O argumento do setor ao governo foi o de que a linha de móveis é muito similar ao da linha branca em termos de impacto para o setor (Urbane Apartments/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 09h29.

Brasília - No dia seguinte ao anúncio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca, o comércio varejista solicitou ao Ministério da Fazenda que estendesse para o segmento de móveis a alíquota zero de imposto. "Estamos esperando um retorno agora. Como faz uma semana, pode ser que a resposta venha hoje", informou hoje o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.

O argumento do setor ao governo foi o de que a linha de móveis é muito similar ao da linha branca em termos de impacto para o setor. Além disso, possui uma cadeia longa e capilar no País. "Aplaudimos a medida do IPI, mas queremos que a Fazenda estenda o benefício", disse.

Pellizzaro Junior explicou que a ajuda do governo ao setor de eletroeletrônicos acabou criando uma rivalidade dentro do comércio varejista. "Quem compra móvel, às vezes opta por sofá ou geladeira. Isso cria uma concorrência setorial desleal nesse processo. Linha branca é um segmento extremamente concentrado e o de móveis, não", considerou.

O imposto médio cobrado pelo governo ao setor era de 10%. Com a crise, foi zerado em novembro de 2009 até março do ano passado. Em abril, houve o retorno da cobrança, mas com uma alíquota intermediária, de 5%, que passou a ser permanente. A questão, segundo o presidente da CNDL, é que o segmento de móveis de madeira já pagava 5% de imposto e voltou para 5%. "Eles representam 80% do segmento de móveis."

O comércio gostaria que o governo atendesse o setor ainda a tempo de registrar impacto positivo nas vendas de Natal. "A questão não seria nem a de aumentar as vendas. Esperamos que a medida ajude a mantê-las", alegou.

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