Economia

Limite da Dívida não será mais de R$ 2 tri, diz governo

Em junho, a DPF atingiu R$ 1,970 trilhão. O valor inclui tanto a dívida em títulos interna, como a dívida pública externa

Moedas de real: por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos (Bruno Domingos/Reuters)

Moedas de real: por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 17h43.

Brasília – Apesar das emissões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Dívida Pública Federal (DPF) não deve ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões em 2012, disse hoje (23) o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido. Em junho, a DPF atingiu R$ 1,970 trilhão. O valor inclui tanto a dívida em títulos interna, atualmente em R$ 1,833 trilhão, como a dívida pública externa, de R$ 89,05 bilhões.

Segundo o Plano Anual de Financiamento, documento do Tesouro Nacional com a estratégia para a administração da dívida pública, a Dívida Pública Federal deve fechar o ano em um intervalo entre R$ 1,950 trilhão e R$ 2,050 trilhões. No mês passado, o estoque da DPF ficou pela primeira vez maior que o limite inferior da banda, mas Garrido avalia que são baixas as possibilidades de a dívida superar os R$ 2 trilhões.

Embora o Tesouro esteja autorizado a emitir mais R$ 35 bilhões para o BNDES, Garrido diz que existe uma concentração de R$ 140 bilhões de vencimentos neste mês, que fará a DPF recuar novamente para abaixo da faixa estabelecida pela banda. “O estoque [da Dívida Pública Federal] vai recuar em julho e voltar a subir nos meses seguintes. Vai encerrar o ano dentro da banda, mas não deve ficar acima de R$ 2 trilhões”, declarou.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio. Em 2004, a Dívida Pública Federal atingiu a barreira de R$ 1 trilhão.

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