Economia

Líderes do G20 fracassam em acordo de livre comércio

Os chefes financeiros do G20 também voltaram atrás da promessa de apoiar o financiamento ao combate às mudanças climáticas

O presidente do Banco Central alemão, Jens Weidmann e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble em conferência do G20, em 2017 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

O presidente do Banco Central alemão, Jens Weidmann e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble em conferência do G20, em 2017 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de março de 2017 às 12h45.

Baden Baden - Os líderes financeiros do mundo fracassaram em chegar a um acordo para apoiar o livre comércio neste sábado, recuando de compromissos passados de manter o comércio aberto e rejeitar o protecionismo, mostrou o comunicado dos ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20.

Com uma referência apenas simbólica à necessidade de fortalecer a contribuição do comércio para a economia, os ministros das Finanças e chefes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo romperam com uma tradição de uma década de rejeitar o protecionismo e endossar o livre comércio.

No mais recente confronto entre o novo governo dos Estados Unidos e a comunidade internacional, os chefes financeiros do G20 também voltaram atrás da promessa de apoiar o financiamento ao combate às mudanças climáticas, o que era esperado, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, classificar a mudança climática como um "boato".

Em conversas nos bastidores da reunião do G20, delegados disseram que os EUA estavam barrando algumas questões centrais, sem disposição para fazer concessões e essencialmente inviabilizando um acordo, que requer a assinatura de todos.

Trump já retirou os Estados Unidos de um grande acordo comercial e propôs um novo imposto às importações, argumentando que algumas relações comerciais precisam ser reexaminadas para serem mais justas com os trabalhadores norte-americanos.

Os líderes financeiros do G20, no entanto, reafirmaram o compromisso de evitar a desvalorização cambial competitiva, um acordo-chave, já que os EUA têm se queixado repetidamente que alguns de seus parceiros comerciais estão usando moedas artificialmente desvalorizadas para obter uma vantagem comercial.

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