Christine Lagarde: Diretora-gerente repetiu pedido para os países-membros aprovarem o pacote de reformas de 2010 (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2013 às 10h46.
Washington - Os líderes das finanças globais avaliarão mudanças do poder de voto do Fundo Monetário Internacional, quando se reunirem em Washington nesta semana, em meio a temores de que um pacote-chave de reformas do FMI esteja sendo postergado no Congresso dos EUA, uma negociação difícil em um ano de orçamento apertado.
Sem mencionar os Estados Unidos, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, repetiu na quarta-feira um pedido para os países-membros aprovarem o pacote de reformas de 2010, que irá fortalecer o poder de voto dos países emergentes como a China e Índia, que por muito tempo pedem mais voz no FMI a fim de refletir o poder de crescimento econômico deles.
O tema do poder de voto começará a ser discutido na sexta-feira pelo G20, grupo das principais economias do mundo, e pelo Comitê Monetário e Financeiro Internacional, do FMI.
"Não há realmente muita novidade", disse a jornalistas uma autoridade sênior do FMI, sob a condição de anonimato.
"Assim que os EUA aprovarem o pacote, entrará em vigor. Certamente, a visão dos membros é de que deve ocorrer o mais rápido possível... e os EUA também estão comprometidos em fazê-lo", disse a autoridade.
O acordo de 2010 estava previsto para ser autorizado pelos países em outubro do ano passado. Mas a administração de Obama adiou o pedido ao Congresso a fim de evitar controvérsias antes das eleições presidenciais de novembro.
Os EUA têm dito repetidamente que estão comprometidos com o acordo de 2010, um assunto delicado para alguns parlamentares que argumentam que o dinheiro dos EUA para o FMI deve ir para programas domésticos de auxílio que estão sendo cortados.