Economia

Licitação para dragagem em Santos muda para 27 de junho

Licitação envolve a manutenção da profundidade do canal de acesso e berços de atracação no Porto de Santos


	Navios no terminal de Libra do Porto de Santos, em Santos
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

Navios no terminal de Libra do Porto de Santos, em Santos (Andrew Harrer/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 19h23.

Brasília - A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP-PR) esclarece que a abertura da licitação para as obras de dragagem no Porto de Santos será realizada no dia 27 de junho.

A nova data está fixada em alteração no edital, conforme publicado no início desta semana no Diário Oficial da União. A data anterior era o dia 11 de junho.

A abertura das propostas ocorrerá às 10 horas, na sede da SEP, em Brasília. Essa licitação envolve a manutenção da profundidade do canal de acesso e berços de atracação. O edital é internacional.

A operação será realizada pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Estarão contempladas as ações de contratação do projeto básico, projeto executivo e execução das obras, incluindo todas as operações de mobilização e desmobilização.

As intervenções compreendem a adequação de manutenção da profundidade do canal de acesso para 15 metros (referenciado ao zero da DHN - Diretoria de Hidrografia e Navegação).

A SEP explica que o Porto de Santos está contemplado na segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2), que faz parte o Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos) lançado em 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

A previsão é de investimentos de R$ 3,8 bilhões em dragagem de manutenção nos próximos dez anos.

A Secretaria de Portos explica que o adiamento foi necessário por causa da necessidade de correção na tabela porcentual de preços dos serviços e adequação na cláusula de risco cambial.

A primeira licitação para as obras de dragagem em Santos foi realizada em 8 de abril e não houve vencedor. Cinco empresas participaram, mas todas apresentaram ofertas acima do valor orçado pelo governo para a execução da obra.

As empresas de dragagem foram consultadas, com o objetivo de identificar os motivos que poderiam ter motivado a elevação dos custos do projeto. A SEP, então, adaptou alguns pontos no edital relançado.

A principal alteração foi a adequação da cláusula de alocação de risco, deixando claro que, em caso de solo contaminado, a responsabilidade é da secretaria, que fará uma licitação específica para a retirada do material.

"Se a empresa encontrou solo contaminado em qualquer volume ou área diferente do que estava originalmente no Termo de Referência, e no caso de Santos não tem previsão, o risco é da SEP", explica, em nota, o secretário de Infraestrutura da SEP, Tiago Correia.

Outra alteração refere-se às regras de afastamento da draga para abastecimento, manutenção programada ou não programada e prestação de serviços para terceiros.

A SEP fez mudanças na redação dessas cláusulas, esclarecendo que se a draga tiver grandes dimensões e realizar a operação em seis meses ela pode, nos outros seis meses, prestar serviços para terceiros, desde que, nas batimetrias, fique comprovado o alcance da faixa de meta.

Se houver mudança de faixa, a draga precisa voltar.

Também foi eliminada a necessidade de autorização prévia para o afastamento da draga.

Agora basta que a empresa comunique à SEP que se afastará, informe o trajeto a ser percorrido, o motivo do afastamento e data do retorno. Toda a movimentação será monitorada por meio de GPS.

Além disso, foi incluída uma cláusula que permite o compartilhamento do risco da variação cambial.

A Secretaria de Portos explica que isso foi necessário pois a ideia é que parte das empresas participantes operem com dragas importadas, ou seja, terão um custo em moeda estrangeira devido ao regime de importação temporária ou de afretamento.

Se a variação cambial for de até 7,5% no intervalo de dois meses ou 25% em quatro meses, o risco é da contratada. Se a variação for maior, a empresa terá direito a solicitar o reequilíbrio econômico.

Outra mudança no edital relançado é o aumento da vigência do contrato, de 36 meses para 41 meses. A SEP explica que a meta é separar o prazo de elaboração dos projetos do prazo de execução da obra.

"A gente trabalha com uma modelagem matemática de assoreamento anual, então é melhor trabalhar com ciclos anuais. Ficam 36 meses de obra efetiva e 5 meses de projeto", completou Correia.

Acompanhe tudo sobre:InfraestruturaLeilõesLicitaçõesPorto de SantosPortosTransportes

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto