Economia

Libra perde força com início formal do Brexit e cai ante o dólar

Os britânicos notificaram formalmente a UE hoje, 29, de que irão sair do bloco, tornando-se o primeiro país a ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa

Libra: no fim da tarde em NY, a libra caía de US$ 1,2451 na tarde de ontem para US$ 1,2442. Já o dólar recuava de 111,16 ienes para 110,95 ienes e o euro caía de US$ 1,0812 para US$ 1,0770 (Chris Ratcliffe/AFP/AFP)

Libra: no fim da tarde em NY, a libra caía de US$ 1,2451 na tarde de ontem para US$ 1,2442. Já o dólar recuava de 111,16 ienes para 110,95 ienes e o euro caía de US$ 1,0812 para US$ 1,0770 (Chris Ratcliffe/AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2017 às 19h40.

Nova York - O início formal do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (o chamado Brexit) influenciou a libra esterlina, que perdeu forças após a premiê britânica, Theresa May, ter invocado o Artigo 50 do Tratado de Lisboa da União Europeia.

No fim da tarde em Nova York, a libra caía de US$ 1,2451 na tarde de ontem para US$ 1,2442. Já o dólar recuava de 111,16 ienes para 110,95 ienes e o euro caía de US$ 1,0812 para US$ 1,0770.

Nove meses após o plebiscito que definiu a saída do Reino Unido da UE, os britânicos notificaram formalmente o bloco nesta quarta-feira de que irão sair, tornando-se o primeiro país a ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

Investidores estavam esperando pelas negociações formais por semanas, o que limitou a fraqueza da libra ante outras moedas fortes, segundo alguns analistas.

"Muitas das más notícias e incertezas têm preço na moeda", disse a TD Securities, em nota.

Nesta quarta-feira, o dólar não apresentou direção definida ante rivais, após ter perdido força nas últimas sessões devido à tentativa falha do presidente dos EUA, Donald Trump, de aprovar o plano de seu partido para a área da saúde na Câmara.

Dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuaram a indicar que o BC continua no caminho para elevar os juros mais vezes este ano.

Charles Evans, presidente da unidade de Chicago, reiterou nesta quarta-feira o seu apoio a taxas de juros mais altas, acrescentando que vê uma chance crescente de a economia americana ter um desempenho melhor que o esperado.

Já John Williams, de San Francisco, afirmou, em um discurso, que "não excluiria mais de três elevações em 2017".

O euro, por sua vez, recuou ante outras moedas fortes, após relatos de que dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) estavam receosos de promover alterações na comunicação da reunião de abril, o que pode significar um abandono da postura um tanto "hawkish" adotada no último encontro.

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