Os governadores Fernando Pimentel e Luiz Fernando Pezão em entrevista coletiva após reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 15h59.
Brasília - O ministro da Fazenda Joaquim Levy recebeu os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Fernando Pimentel (PT-MG) para explicar como funcionará os fundos destinados a compensar eventuais perdas dos estados com a unificação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Pezão e Pimentel estão em Brasília para participar da reunião de governadores com a presidente Dilma Rousseff, que discutirá um pacto pela governabilidade e pedirá ajuda na aprovação de matérias que estarão em pauta no Congresso Nacional.
"Todos os 27 estados passam por momento difícil na economia, assim como o governo federal está passando. Tudo que entrar, inclusive para as prefeituras, é importante. Tem uma série de questões que unem estados e governo federal", informou o governador fluminense após a reunião com Levy.
Sobre a unificação do ICMS, Pezão destacou que existe um temor entre os governadores com os fundos e que o assunto está sendo discutido como uma das pautas a serem apresentadas na reunião da tarde.
“O ICMS é que merece mais discussão. Alguns estados ainda estão temerosos com os fundos que serão constituídos para repor as perdas. Tem estados que ainda hoje perdem muito com a Lei Kandir [que desonera as exportações].”
Os fundos são o de Compensação e Desenvolvimento Regional para os estados e o de Auxílio à Convergência das Alíquotas do Imposto sobre Operações.
Parte dos recursos desse fundos deverá sair da multa cobrada sobre repatriação de recursos de brasileiros e empresas mantidos no exterior e não declarados à Receita Federal.
“A gente quer ter certeza do volume de recurso que entrará com o fundo de repatriação e se ele cobre perdas que os estados terão no primeiro momento”, acrescentou.
Pezão não confirmou a informação de que o ministro Levy teria pedido que os governadores atuassem para que o Congresso Nacional aprovasse a medida, mas declarou que o mais importante é o um consenso entre eles.
Segundo ele, o mais importante é encaminhar uma pauta que atenda a todos os interesses.
“Depois de elaborar a pauta [dos governadores], é que iremos ver, sem pressão, [como pode ser encaminhado entre os parlamentares]. A gente quer muito conversar. Primeiro, temos de alcançar o consenso entre nós. Até para procurarmos o Eduardo Cunha, Renan Calheiros e nossas bases parlamentares com o consenso firmado”, explicou.