Economia

Levy repete que governo deve rever benefícios fiscais

Segundo o ministro, o custo de R$ 100 bilhões de benefícios fiscais por ano é muito dinheiro


	Joaquim Levy: "o ajuste que vamos fazer agora está absolutamente dentro da nossa capacidade", disse
 (Wilson Dias/ABr/Fotos Públicas)

Joaquim Levy: "o ajuste que vamos fazer agora está absolutamente dentro da nossa capacidade", disse (Wilson Dias/ABr/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 11h08.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a dizer nesta segunda-feira, 23, em São Paulo, que é muito importante a estratégia de se rever alguns benefícios fiscais no arcabouço econômico que a nova equipe econômica está propondo.

Segundo ele, o custo de R$ 100 bilhões de benefícios fiscais por ano é muito dinheiro.

"O ajuste que vamos fazer agora está absolutamente dentro da nossa capacidade", disse o ministro, em evento em São Paulo. De acordo com o ministro, "temos condições de fazer uma reengenharia da nossa economia sem dificuldades". 

Ainda segundo ele, o ajuste vai exigir "certa imaginação" e "esforço", mas ele salientou que não há nada de problemático na economia.

Para o ministro, o seguro-desemprego, por exemplo, visa o inesperado e não é para garantir um sistema de suporte. "Mudanças foram feitas para tornar estes instrumentos mais focados e mais fortes", disse.

Contas públicas

O ministro da Fazenda reiterou que o desequilíbrio fiscal de 2014 tem sido corrigido. Disse que o déficit fiscal de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) não é muito sustentável e que 2% do PIB de primário é um nível aceitável.

"Nossa dívida bruta reflete a aquisição de ativos como as reservas internacionais", disse o ministro, citando as reservas como exemplo dos ativos.

Parte da dívida brasileira, segundo Levy, tem como lastro empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Pode se dizer que trata-se de um lastro bastante sólido", afirmou, ressaltando que é importante que as dívidas bruta e líquida do País entrem numa trajetória mais segura.

Para ele, a diminuição da dívida pública tende a favorecer o crédito privado.

"Mas é muito importante termos estratégias alternativas". O ministro voltou a afirmar que para uma participação maior do mercado é importante a sinalização do lado fiscal.

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