Economia

Levy pede apoio da população a ajustes fiscais

Segundo ministro da Fazenda, reequilíbrio das contas públicas precisa ser rápido para evitar cenários marcados por downgrade, crise cambial e inflação alta


	Levy: "se fizermos ajuste rápido, as pessoas poderão sentir chão firme para começar a trabalhar"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Levy: "se fizermos ajuste rápido, as pessoas poderão sentir chão firme para começar a trabalhar" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 14h36.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu nesta segunda-feira apoio da população ao ajuste fiscal, dizendo que o reequilíbrio das contas públicas precisa ser rápido para evitar cenários marcados por downgrade, crise cambial e inflação alta.

"O apoio da população ao ajuste é muito importante. As razões dele estão claras", disse.

As declarações do comandante da equipe econômica foram feitas em encontro com empresários em São Paulo nesta segunda-feira, um dia após manifestações gigantes tomarem as ruas do país em protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff, marcado por baixo crescimento, inflação alta e aperto nas contas públicas.

"Se fizermos ajuste rápido, as pessoas poderão sentir chão firme para começar a trabalhar", disse o ministro.

Levy lidera um duro ajuste fiscal marcado por aumento de tributos, redução de gasto público, revisão de benefícios trabalhistas e previdenciários, fim de subsídios e revisão de desonerações ao mesmo tempo em que tenta transmitir mensagem de melhora do ambiente de negócios.

Mesmo com autoridades da área econômica indicando uma perspectiva mais positiva, a economia continua mostrando dados desanimadores.

Em janeiro, a atividade econômica brasileira registrou retração de 0,11 por cento ante o mês anterior, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, num prenúncio de mais um ano difícil.

Ajuste no dólar 

Levy considerou que o "ajuste" no dólar e a desvalorização das commodites são consequência do fim de políticas anticíclicas nos Estados Unidos e na China.

Na manhã desta segunda-feira, a moeda norte-americana recuava ante a divisa brasileira, após fechar na máxima em quase doze anos na sessão anterior, subindo mais de 2,5 por cento em meio a incertezas sobre o futuro do programa de swaps cambiais.

A fim de estimular a retomada de investimentos, o ministro disse que as concessões serão retomadas, mas podem ter novas bases.

"Vamos retomar as concessões, talvez em bases diferentes, para permitir maior participação do capital privado."

Ele também voltou a falar em mudanças nos tributos federais PIS e Cofins em formulação no Ministério da Fazenda, explicando que o objetivo é a simplificação do tributo.

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