Economia

Levy defende reforma fiscal para que Brasil volte a crescer

Ministro da Fazenda declarou ainda que governo assumiu custo político para país crescer


	“O Brasil precisa de reformas rápidas, mas que não procurem conter populismos fáceis ou ilusões débeis”, disse Joaquim Levy
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

“O Brasil precisa de reformas rápidas, mas que não procurem conter populismos fáceis ou ilusões débeis”, disse Joaquim Levy (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 15h51.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu hoje (5) a reforma fiscal proposta pelo governo e reafirmou apoio à presidenta Dilma Rousseff pelo custo político que tem assumido em consequência dos ajustes econômicos.

“O ajuste fiscal é ferramenta indispensável para o Brasil voltar a crescer”, disse.

“O Brasil precisa de reformas rápidas, mas que não procurem conter populismos fáceis ou ilusões débeis”, alertou, ao participar do seminário Novo Ciclo do Cooperativismo de Crédito no Brasil, promovido pelo Banco Central, em Brasília. 

“O governo e a presidenta – acrescentou -  assumiram a responsabilidade e o custo da popularidade de fazer o que é necessário para o Brasil retomar o crescimento”.

Levy destacou, entre as mudanças em andamento, o projeto para melhorar a logística do país e os ajustes necessários a serem feitos nos benefícios previdenciários.

Segundo Levy, a presidenta Dilma assume esse custo de adoção das medidas “sem temor”. E disse: “[A presidenta Dilma] sabe que [o custo] é importante [porque significa] assumir a responsabilidade [decorrente] da eleição pelo voto popular”.

De acordo com o ministro da Fazenda, a responsabilidade envolve o compromisso “de tomar as medidas necessárias mesmo que não antevistas”.

“Temos que ter essa capacidade de responder [à crise]”, destacou.

Levy disse que o “ajuste fiscal não provocou a desaceleração da economia: a desaceleração vinha de algum tempo, inclusive os economistas [acreditam] que recessão do Brasil vem de 2014”.

Para o ministro da Fazenda, não adianta discutir agora uma agenda pós-ajuste fiscal se as mudanças para acertar as contas do governo não estiverem completas.

A estratégia, disse, é muito clara e o governo tem procurado informar a todos os setores seus objetivos com muita transparência. “Evidentemente, o governo tem ouvido sugestões e procurado sempre conversar com todos sobre os ajustes”.

Levy disse que o governo não pode prescindir do equilíbrio das contas públicas e de uma discussão séria para alcançar esse acerto.

Na opinião de Levy, o governo deve procurar adequar o país a um ambiente em que é fundamental aumentar a produtividade e eficiência da economia.

“Portanto, há estratégias que incluem as concessões de infraestrutura fundamentais para diminuir o custo do transporte da safra [agrícola]”, observou.

Para Levy, esse ambiente é fundamental o país obter sucesso porque o custo do campo influencia a rentabilidade do agricultor e das pequenas cidades, por meio do incentivo à economia.

“Sabemos que plano logístico só terá sucesso se os investidores olharem para o Brasil e confiarem na nossa situação fiscal”, disse.

Do contrário, os investidores “não vão querer colocar dinheiro para melhorar as estradas que estamos precisando [construir]”.

O ministro defendeu ainda a redução da burocracia existente na máquina administrativa, por meio da simplificação dos processos de recolhimento de impostos, dos sistemas eletrônicos e de automatização, que passarão a dar mais informações e mais segurança ao governo e aos contribuintes.

Com isso, acrescentou, haverá redução de custo e aumento na eficiência para as organizações, especialmente para as pequenas e médias empresas.

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