Economia

Levy comenta frase sobre Dilma: "quase um truísmo"

Em almoço-debate em São Paulo, ministro diz que é "uma escolha" focar no desejo genuíno da presidente ou nas "milhões de variáveis" com que ela precisa lidar


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
 (Valter Campanato/ABr)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy (Valter Campanato/ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 30 de março de 2015 às 16h01.

São Paulo - Diante de uma pergunta sobre "porque o governo se comunica tão mal", o ministro Joaquim Levy aproveitou para comentar a sua frase sobre a presidente Dilma Rousseff que causou polêmica no final de semana:

“Há uma escolha. Poderiam ter destacado a parte relevante: que a presidente tem um genuíno interesse em endireitar as coisas. Ou a gente pode pegar a segunda parte, que é quase um truísmo, de que na vida real muitas vezes se trabalha sob pressão e nem tudo acontece do jeito que a gente gostaria.”

O diálogo aconteceu em um almoço-debate promovido pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) na tarde desta segunda-feira no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.

Alguns momentos antes, o mediador do debate, João Dória Jr., havia provocado: “Não é fácil ser ministro de Dilma”. “Não é verdade!”, rebateu Levy.

Na coletiva da imprensa, o ministro voltou a ser questionado sobre o assunto e disse que "não há nenhuma desafinação" entre ele e Dilma:

"A presidente é uma pessoa genuína nos seus objetivos. Houve um pouco de mal-entendido [no episódio] mas a confiança mútua é muito sólida e a gente vai continuar trabalhando para concluir essa etapa [do ajuste]."

Antes do debate, alguns dos presentes comentavam o desconforto causado pela declaração de que Dilma tinha um desejo genuíno de resolver os problemas, mas nem sempre agia de forma efetiva.

Levy divulgou uma nota dizendo que foi mal interpretado. De acordo com o Estadão Conteúdo, a presidente comunicou seu desconforto através de Aloísio Mercadante. Nesta segunda-feira, ela disse que foi tudo um mal-entendido.

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