Joaquim Levy, nomeado para assumir o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma (Thomas Lee/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2014 às 16h15.
Brasília - Joaquim Levy, nomeado para assumir o Ministério da Fazenda, anunciou nesta quinta-feira que o setor público perseguirá em 2015 uma meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto, e a partir daí não menor do que 2 por cento, num primeiro sinal de mudança para uma política mais austera no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
"O objetivo imediato do governo e do Ministério da Fazenda do Brasil é estabelecer uma meta de superávit primário para os três próximos anos, compatível com a estabilização e declínio da relação dívida bruta do governo geral com o percentual do PIB como apurada, considerando o nível de reservas externas estável", disse Levy em seu primeiro pronunciamento como indicado para o Ministério da Fazenda.
Levy também indicou que os repasses do Tesouro Nacional para os bancos públicos não deve continuar no nível atual.
Segundo ele, os recursos transferidos para os bancos públicos já respondem por um quarto da dívida mobiliária em mercado.
"Para se realizar essa trajetória para a relação dívida PIB, o superávit primário do setor público consolidado deve alcançar o valor de, no mínimo, 2 por cento do PIB ao longo do tempo .... desde que não haja ampliação do estoque de transferência do Tesouro Nacional para instituições financeiras públicas", disse Levy.
Texto atualizado às 17h14min do mesmo dia, para adicionar mais informações.