Relator da reforma da Previdência: o maior impasse gira em torno da idade mínima para a aposentadoria das mulheres (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de abril de 2017 às 22h58.
Brasília - A possibilidade de adiamento da apresentação do relatório da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, marcada para esta terça-feira (18), entrou no radar.
Com dificuldades para fechar o texto final do parecer devido às mudanças que estão sendo definidas de última hora, o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pode ganhar mais um dia para fazer a leitura.
O maior impasse gira em torno da idade mínima para a aposentadoria das mulheres, que a bancada feminina na Câmara insiste em reduzir de 65 anos para 62 anos ou, no máximo, 63 anos.
Elas não aceitaram a ideia do presidente Michel Temer de reduzir a idade de contribuição de 25 anos para 23 anos.
O presidente da comissão especial da Câmara que analisa a proposta, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), informou, na noite desta segunda-feira (17), que ainda não há decisão.
Ele já adiou a leitura do relatório de 11h para 13h30, mas não descartou a possibilidade de deixar a leitura para a quarta-feira (19).
"Se o relator pedir mais um dia, eu vou conceder", adiantou Marun. "Um dia também não tem uma grande alteração. Mesmo que façamos a leitura na quarta, vamos começar a discussão no dia 25. Temos tempo hábil para isso", acrescentou.
"Temos essa programação estabelecida e vamos lutar para que ela aconteça", afirmou.
Segundo Marun, se houver mudança na idade mínima das mulheres, será para todas as faixas de renda.