Economia

Leite e refeição fora de casa contribuíram para inflação

Juntos, esses dois itens responderam por um terço da inflação e a taxa do IPCA passou de 0,03% em julho para 0,24% em agosto


	Alimentos em restaurante: refeição fora de casa teve alta de preços de 0,76% e o preço do leite subiu 3,75% em agosto, segundo IBGE
 (Omar Paixao / VOCÊ S.A.)

Alimentos em restaurante: refeição fora de casa teve alta de preços de 0,76% e o preço do leite subiu 3,75% em agosto, segundo IBGE (Omar Paixao / VOCÊ S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 11h24.

Rio de Janeiro - O leite longa vida e a refeição fora de casa foram os itens que mais contribuíram para a alta da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto. Juntos, esses dois itens responderam por um terço da inflação. A taxa do IPCA passou de 0,03% em julho para 0,24% em agosto.

De acordo com dados divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do leite subiu 3,75% em agosto. “Esse é um período de entressafra. Além disso, os produtores vêm argumentando que houve problemas nas pastagens, por causa do frio e das chuvas, e que o preço estava defasado. Também houve aumento da demanda e pode ter havido um efeito do dólar na ração [do gado], por exemplo”, disse a coordenadora do Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Já a refeição fora de casa teve alta de preços de 0,76% em agosto. Segundo Eulina, esse item vem agregando, aos poucos, a alta dos alimentos, que, apesar de ter registrado inflação de apenas 0,01% em agosto, acumula altas de 5,68% no ano e de 10,46% nos últimos 12 meses.

Além do leite, a alta do dólar teve impactos em outros alimentos em agosto, principalmente naqueles que usam o trigo como insumo, como o pão francês (com inflação de 1,56%), farinha de trigo (2,68%) e pão doce (1,43%). Com isso, houve impacto também no café da manhã fora de casa, que teve alta de 1,53%.

Os alimentos voltaram a subir em agosto (0,01%), depois de registrar deflação (queda de preços) de 0,33% em julho. Como houve uma alta de 0,34 ponto percentual na taxa, os alimentos, que respondem por quase um quarto do orçamento das famílias brasileiras, contribuíram para a alta do IPCA.

Outros itens que tiveram contribuição importante para a alta do IPCA foram os planos de saúde (0,94%), aluguel residencial (0,74%), recreação (0,8%), empregado doméstico (0,53%) e mobiliário (1,22%).

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto