Economia

Lagarde diz que emergentes já sentem efeitos da crise na UE

Diretora do FMI afirma que os riscos ficarão maiores e o enfraquecimento da economia está afetando os mercados emergentes

Lagarde diz que em meio ao aumento dos riscos para o crescimento global, um novo choque econômico pode ocorrer (Eric Piermont/AFP)

Lagarde diz que em meio ao aumento dos riscos para o crescimento global, um novo choque econômico pode ocorrer (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h10.

Paris - Os mercados emergentes estão sendo atingidos agora pela crise na zona do euro porque a situação econômica global piorou nas últimas semanas, afirmou hoje Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A situação não está indo bem e se houver mudança ela será negativa. As perspectivas de risco ficarão maiores e o enfraquecimento da economia nas economias avançadas está agora afetando os países emergentes", afirmou Lagarde, logo após a reunião de ministros de Finanças do G20 (que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo), em Paris.

A dirigente do FMI disse que ainda não existe um consenso entre os membros da zona do euro e europeus em geral em relação à prioridade nesse momento para resolver assuntos complexos.

A zona do euro está trabalhando em busca de uma solução para sua crise de dívida soberana que já dura dois anos, incluindo a resolução para a crise de dívida da Grécia, recapitalização dos bancos e necessidade de ampliar o fundo de resgate da região, hoje em € 440 bilhões.

Os ministros de Finanças do G20 discutiram em Paris a possibilidade de aumentar os recursos para o FMI para ajudar a enfrentar a crise, mas o debate permanece aberto até a reunião em Cannes no dia 23 de outubro. Os EUA, Canadá e Reino Unido foram contra o ampliação do FMI se esse for o único recurso para resolver a crise de dívida. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Christine LagardeCrise econômicaCrise gregaEconomistasEuropaFMIG20GréciaPiigs

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo