Economia

Lagarde, do FMI, alerta para riscos de volatilidade recente

Os mercados acionários mundiais e as moedas de muitos mercados emergentes têm passado por grandes oscilações


	Diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde: "problemas em um mercado na Ásia podem de fato se espalhar para o resto do mundo"
 (Charles Platiau/Reuters)

Diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde: "problemas em um mercado na Ásia podem de fato se espalhar para o resto do mundo" (Charles Platiau/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 09h32.

Jacarta - A recente volatilidade nos mercados financeiros globais mostra como os riscos podem se espalhar rapidamente de uma economia para outra, afirmou nesta quarta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"O que tem sido demonstrado nas últimas semanas é quanto a Ásia está no centro da economia global e quanto problemas em um mercado na Ásia podem de fato se espalhar para o resto do mundo", disse Lagarde em conferência na capital da Indonésia.

Os mercados acionários mundiais e as moedas de muitos mercados emergentes têm passado por grandes oscilações desde a decisão adotada pela China no mês passado de desvalorizar sua moeda.

Lagarde disse que a economia mundial enfrenta ventos desfavoráveis com o reequilíbrio da China, o crescimento lento do Japão, os preços de commodities em queda e as incertezas acerca das taxas de juros nos Estados Unidos.

As políticas precisam ser feitas sob medida para cada país, disse Lagarde, mas em sua maioria envolveriam o fortalecimento de defesas com política fiscal prudente, a contenção do crescimento excessivo do crédito, o alinhamento de taxas de câmbio para que atuem como amortecedores de choques, a manutenção de reservas cambiais adequadas e o fortalecimento de regulações.

"As autoridades e os supervisores constantemente têm de permanecer vigilantes, particularmente quando existem estes produtos novos e inovadores... estes riscos têm que estar sob vigilância dos supervisores", disse Lagarde.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChristine LagardeEconomistasFMIIndonésia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto