Economia

Lagarde defende cotas para inclusão rápida de mulheres no mercado

A diretora do FMI citou uma lei francesa que obriga que 40% dos conselhos de direção das empresas sejam mulheres

Lagarde: "Costumava pensar que era ofensivo contar com cotas de gênero. Até que olhei para a evolução demográfica e percebi que não avançava suficientemente rápido. Por isso, sou a favor das cotas" (Thierry Charlier/AFP)

Lagarde: "Costumava pensar que era ofensivo contar com cotas de gênero. Até que olhei para a evolução demográfica e percebi que não avançava suficientemente rápido. Por isso, sou a favor das cotas" (Thierry Charlier/AFP)

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EFE

Publicado em 7 de março de 2017 às 22h58.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu nesta terça-feira a existência de cotas de gênero para apoiar a inclusão feminina no mercado de trabalho, já que, caso contrário, a participação das mulheres não avançará rápido o suficiente.

"Costumava pensar que era ofensivo contar com cotas de gênero. Até que olhei para a evolução demográfica e percebi que não avançava suficientemente rápido. Por isso, sou a favor das cotas", afirmou Lagarde em uma conferência no Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS) em Washington.

Lagarde citou uma lei francesa que obriga que 40% dos conselhos de direção das empresas sejam mulheres.

Primeira a mulher a comandar o FMI em mais de 70 anos de história do órgão, ainda afirmou que os Produtos Internos Brutos (PIB) dos países crescem quando as diferenças de gênero diminuem.

A ex-ministra francesa disse que, desde que assumiu o cargo de diretora-gerente do FMI em 2011, reforçou que o "empoderamento econômico das mulheres no mundo deve ser uma prioridade".

"Se 50% da humanidade não tem acesso ao trabalho, esse é um problema macroeconômico. Em alguns casos, as barreiras culturais são enormes", disse Lagarde no evento, realizado na véspera da comemoração do Dia Internacional da Mulher.

A ex-ministra criticou os Estados Unidos por serem o único país desenvolvido onde não há licença maternidade, algo que considerou como um mecanismo "vital" para encorajar a participação da mulher no mercado de trabalho a longo prazo".

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