Economia

Lagarde alerta sobre nova fase de crescimento medíocre

A economia global convive com as perspectivas de um crescimento medíocre no futuro próximo, declarou a diretora-gerente do FMI


	Christine Lagarde, do FMI: "perspectivas de crescimento potencial foram reduzidas"
 (Chip Somodevilla/Getty Images)

Christine Lagarde, do FMI: "perspectivas de crescimento potencial foram reduzidas" (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 14h03.

Washington - A economia global é agora mais frágil do que há seis meses e convive com as perspectivas de um crescimento "medíocre" no futuro próximo, declarou nesta quinta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"A economia global é mais frágil do que tínhamos previsto seis meses atrás, já que as perspectivas de crescimento potencial foram reduzidas", afirmou Lagarde em discurso na Universidade de Georgetown, em Washington (EUA).

Lagarde citou assim o provável rebaixamento das previsões de crescimento que o FMI apresentará na próxima semana na reunião anual junto com o BM, e que em julho situou o crescimento global em 3,4% para este ano.

As economias avançadas continuam a recuperação, acrescentou, mas em diferentes velocidades.

"Espera-se uma alta mais forte nos EUA e no Reino Unido, modesta no Japão, e mais frágil na zona do euro, dentro da qual se mantêm as disparidades internas", afirmou Lagarde.

No que se refere às economias emergentes, guiadas pela China, Lagarde disse que continuarão a ser locomotivas mundiais, mas em "um ritmo levemente mais baixo que antes".

No habitual discurso antes da reunião anual, a também ex-ministra de Finanças da França ressaltou que existem "nuvens" geopolíticas no horizonte.

Entre elas, citou a possibilidade de uma escalada no conflito no leste da Ucrânia, que "pode provocar alterações nos preços das matérias-primas, nos mercados financeiros e no comércio", e a instabilidade política no Oriente Médio.

Lagarde também citou a "expansão do surto de ebola na África, que pode representar um risco significativo para a região e o mundo, se não for encarada de maneira urgente".

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