Economia

Kicillof não descarta que bancos privados assumam dívida

Ministro disse que não se pode descartar que bancos façam uma oferta pelos bônus dos fundos dos Estados Unidos


	O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, é visto em 30 de julho de 2014
 (Stan Honda/AFP)

O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, é visto em 30 de julho de 2014 (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 22h13.

Nova York - O ministro da economia da Argentina, Axel Kicillof, afirmou na noite desta quarta-feira que não se pode descartar que bancos privados argentinos façam uma oferta pelos bônus dos fundos dos Estados Unidos, ficando assim com a dívida dos chamados "holdouts".

Assim, as negociações passariam a ser entre a Casa Rosada e este grupo de bancos. "Não se pode descartar soluções entre terceiros, porque se gerou um problema privado", afirmou o ministro, em uma entrevista à imprensa no início da noite desta quarta-feira.

O ministro argentino culpou as decisões do juiz federal dos EUA, Thomas Griesa, pela falta de acordo com os fundos. Ele classificou as decisões como "desacertadas e insólitas".

"O governo argentino vai respeitar parâmetros da lei, que favorecem o povo argentino", afirmou na entrevista, destacando que o país não vai se sujeitar a "extorsões e ameaças".

Na entrevista, o ministro ressaltou que o juiz negou os pedidos da Argentina para suspensão da sentença, que determinava o pagamento até hoje, dia 30, de US$ 1,3 bilhão.

Além disso, Griesa determina que a Argentina pague ao mesmo tempo essa dívida e a dos fundos que aceitaram a reestruturação. Mas a Argentina só depositou, no fim de junho, o pagamento do último grupo e o juiz impediu que os bancos distribuíssem os recursos.

"Griesa não entende a complexidade do assunto", disse Kicillof, afirmando que investidores em diversas partes do mundo possuem bônus argentinos.

O ministro afirmou ainda que a sentença, conforme determinada por Griesa, faria a dívida de US$ 1,3 bilhão se transformar em US$ 15 bilhões, com outros fundos reclamando os mesmos benefícios, e no limite chegar a US$ 120 bilhões, com todos os credores da dívida do país entrando com ações.

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