Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, durante coletiva de imprensa em Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 19h01.
Buenos Aires - A Argentina vai continuar pagando os juros de seus bônus reestruturados e tomar medidas para que os investidores possam coletar os pagamentos de juros bloqueados pela Justiça dos EUA, afirmou nesta quinta-feira, 31, o ministro de Economia argentino, Axel Kicillof.
O país depositou US$ 539 milhões em pagamento de juros dos bônus reestruturados no Bank of New York Mellon em 26 de junho.
No entanto, o juiz americano Thomas Griesa impediu a distribuição aos investidores porque a Argentina ignorou a decisão de pagar também um pequeno grupo de fundos de hedge que estão na Justiça para receber juros que o país parou de pagar em 2001.
"Esse dinheiro não pertence à Argentina. Esse dinheiro é dos credores", afirmou o ministro.
"Faremos todo o possível dentro dos nossos meios legais para que esse dinheiro chegue até eles." Segundo ele, o país tem reservas cambiais estrangeiras suficientes para continuar pagando suas dívidas.
Apesar de as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch Ratings já terem rebaixado a nota do país para moratória, Kicillof afirmou que nenhuma das condições de default presentes nos contratos dos bônus foi alcançada porque o dinheiro foi depositado a tempo.
"Isso tem um nome, mas com certeza não é default", afirmou, acrescentando que a Argentina está aberta à negociação com os credores.