Aiatolá Ali Khamenei, do Irã: a economia iraniana sofre graves problemas devido às sanções internacionais, que afetam o setor petroleiro e também o financeiro (Majid Saeedi/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 17h18.
Teerã - O líder supremo da República Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, defendeu nesta quinta-feira uma "economia de resistência" para combater as sanções impostas a seu país pela ONU, a União Europeia (UE), os Estados Unidos e outras nações por seu programa nuclear, informaram as agências locais.
"Neste tipo de economia, o progresso do país será mantido e a vulnerabilidade do sistema econômico contra as armadilhas dos inimigos diminuirá", disse Khamenei ao sugerir um sistema autárquico em um encontro com o Conselho de Ministros, liderado pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Em seu discurso, Khamenei assinalou que este modelo de economia é importante tanto para o setor público como para o setor privado, e assegurou que "não é uma ferramenta defensiva", mas uma fórmula para um país que passa por momentos delicados e quer abrir caminho à prosperidade.
Desde o ano passado, Khamenei fez diversas propostas para fechar a economia do país e criar um sistema autárquico, especialmente com o início do atual ano persa, em março, quando pediu o apoio para os produtos, capitais e os trabalhadores nacionais.
A economia iraniana sofre graves problemas devido às sanções internacionais, que afetam o setor petroleiro e também o financeiro, dificultando o desenvolvimento e a disponibilidade de divisas para as importações, o que levou o país a sofrer com a forte inflação e a desvalorização de sua moeda local.