Deputados são das legendas PMDB, PSDB, PMDB, PSDB, DEM, PP, PR, PTB, PPS e PMN (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h11.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse nesta segunda-feira que dará apoio à manifestação de empresários e trabalhadores contra a desindustrialização no País.
O ato será realizado no dia 4 de abril, na região da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, próximo ao Parque Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, e são esperadas pelos organizadores 100 mil pessoas.
O pedido de apoio foi feito pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.
"A Prefeitura atende o pedido dos organizadores e dará todas as condições necessárias à realização do ato para que o movimento possa ter visibilidade e a sociedade brasileira possa compreender a situação de desindustrialização que temos hoje e suas consequências", afirmou Kassab, após receber nesta segunda-feira uma comitiva de empresários e sindicalistas em seu gabinete, na sede da Prefeitura, no centro da cidade.
Skaf disse que a intenção do movimento é sensibilizar a sociedade sobre as consequências da desindustrialização do País. "O melhor emprego é o da indústria manufatureira, que dá os melhores salários e o melhor ambiente e é onde está a tecnologia a inovação e o desenvolvimento regional", disse. Segundo ele, as razões para a perda de competitividade da indústria brasileira são conjunturais.
"O problema não está nas empresas, mas em questões como câmbio, juros, infraestrutura, custo de energia elétrica e políticas desleais e ilegais de comércio", afirmou. "Cabe ao governo federal tomar as medidas necessárias para recuperar a competitividade do Brasil."
O presidente da Fiesp contou que vai pedir aos sindicatos patronais que liberem trabalhadores para participar da manifestação. Já Paulinho disse que a Força Sindical pretende trazer ônibus do interior do Estado com manifestantes. "Queremos que o Brasil crie empregos aqui, e não na China", afirmou. "O saldo da balança comercial vem caindo muito e já temos alguns setores industriais demitindo."
Paulinho defende a aprovação da Resolução n.º 72/2010, que está no Senado, e prevê uniformização da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) estadual e a transferência da cobrança do imposto no destino, e não na origem, como é feito hoje.
Skaf também lembrou que a energia elétrica no Brasil é a terceira mais cara do mundo. Ele defende que, para obter preços melhores, as concessões do setor de energia, que vencem em 2015, sejam licitadas e não renovadas.