Economia

Justiça suspende liminar que impedia venda da Cedae

A venda da companhia é um dos principais pontos do acordo de renegociação das dívidas do estado do Rio de Janeiro com a União

Cedae: as ações da empresa são a contrapartida para o empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o Rio (Cedae/Divulgação)

Cedae: as ações da empresa são a contrapartida para o empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o Rio (Cedae/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 17h34.

O governo do estado do Rio de Janeiro conseguiu suspender uma decisão liminar da Justiça do Trabalho que impedia a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

A venda da companhia é um dos principais pontos do acordo de renegociação das dívidas do estado com a União. As ações da empresa são a contrapartida para o empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o estado.

A decisão foi do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva.

Ele suspendeu a liminar proferida no dia 29 de setembro pela juíza Maria Gabriela Nuti, da 57ª Vara, que impedia a venda.

O argumento da magistrada era que, segundo a Constituição Estadual, em caso de privatização de empresas públicas, os funcionários têm preferência na aquisição.

A liminar havia sido conseguida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro.

O presidente do TRT considerou que a manutenção da liminar acarretaria "grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, por comprometer todo o procedimento do programa de recuperação fiscal".

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (5) pelo governo do estado.

Acompanhe tudo sobre:Cedaeeconomia-brasileiraJustiçaPrivatizaçãoRio de Janeiro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto