Economia

Justiça italiana embarga € 8,1 bi de donos de indústria

Um tribunal embargou essa quantia em bens pertencentes à família Riva, proprietária da usina siderúrgica Ilva


	Notas de euro: a falta de investimentos para adequar as instalações às normas ambientais resultou em lucros para os proprietários
 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Notas de euro: a falta de investimentos para adequar as instalações às normas ambientais resultou em lucros para os proprietários (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 13h34.

Roma - Um tribunal de Taranto (sul da Itália) embargou 8,1 bilhões de euros em bens pertencentes à família Riva, proprietária da usina siderúrgica Ilva, no centro de um escândalo de poluição, informou a imprensa italiana.

Os proprietários da Ilva são suspeitos de conspiração para crimes contra o meio ambiente, o que permitiu a apreensão dos bens da família Riva e da sociedade Rivafire Spa.

O montante total representa o valor que, de acordo com peritos nomeados pelo tribunal, deveria ter sido investido para evitar o impacto ambiental da usina Ilva de Taranto, a maior siderúrgica da Europa e pilar estratégico para o emprego e indústria na Itália.

A falta de investimentos para adequar as instalações às normas resultou em lucros para os proprietários, considerados, portanto, como fonte de crime.

A investigação por desastre ambiental contra a usina Ilva de Taranto começou em julho, com a prisão de Emilio Riva, ex-chefe da fábrica, colocado sob prisão domiciliar, e o fechamento de instalações poluentes.

Em novembro, uma operação da polícia resultou na prisão de outros líderes da sociedade. O filho de Emilio Riva, Fabio, vice-presidente do grupo familiar, conseguiu escapar da operação policial fugindo para Londres.

A usina Ilva, acusada de ter envenenado os moradores dos arredores de suas instalações, está no centro de um drama jurídico e político que já dura anos na Itália.

O seu futuro causa polêmica entre aqueles que acusam a indústria de poluir e envenenar seus vizinhos, o que o grupo Riva nega, e aqueles que querem preservar milhares de empregos e a importante produção de aço, que representa 40% da capacidade do país.

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