Operador lembra que discurso do BC vai no sentido de aperto monetário continuamente gradual. "Sendo assim, acabou prevalecendo viés de baixa, em movimento de correção à alta recente das taxas" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 17h09.
São Paulo - As taxas futuras de juros tiveram um dia de oscilação, mas terminaram perto da estabilidade, com leve viés de queda. Depois de uma abertura perto dos ajustes de sexta-feira, as taxas passaram a subir assim que os dados de venda no varejo dos Estados Unidos se mostraram melhores do que o esperado.
Passada a euforia inicial, as taxas foram perdendo força, com os investidores dando peso aos indicadores mais fracos da China e ao discurso mais suave do Banco Central, que ao comentar a piora das expectativas para o IPCA, mostradas pela Focus, disse não haver sinal de deterioração de expectativas. Além disso, a queda do dólar concorreu para segurar as taxas futuras.
Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (175.365 contratos) nesta segunda-feira, 13, marcava mínima de 7,46%, de 7,48% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (208.575 contratos) apontava 7,93%, de 7,96% no ajuste. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (242.305 contratos) indicava 8,34%, de 8,35%. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (108.625 contratos) marcava 8,97%, ante 9,00% na sexta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (8.040 contratos) estava em 9,62%, de 9,64% no ajuste anterior.
Um operador lembrou que o discurso do BC, tanto nesta segunda-feira ao comentar a piora das expectativas para o IPCA, como na sexta-feira, quando o presidente da instituição, Alexandre Tombini, concedeu entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, vai no sentido de que o aperto monetário continuará sendo gradual. "Sendo assim, acabou prevalecendo o viés de baixa, em um movimento de correção à alta recente das taxas", afirmou.
A pesquisa Focus divulgada hoje mostrou que as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 passaram de 5,71% para 5,80%. Para 2014, a projeção subiu de 5,76% para 5,80%. Ainda assim, as estimativas para a Selic em 2013 e 2014 permaneceram inalteradas em 8,25%.
Ainda no mercado doméstico, o dólar não acompanhou a valorização externa do moeda norte-americana em razão do fluxo comercial diário positivo e de expectativas de ingressos futuros de recursos no mercado. A informação de que a Petrobras Já emitiu US$ 11 bilhões em bônus no exterior com diferentes prazos pressionou a moeda. O dólar à vista no balcão terminou com baixa de 0,84%, a R$ 2,010.