Dinheiro: a taxa de juros do cheque especial (156,6% ao ano em fevereiro) chegou ao seu patamar mais alto desde junho de 2012 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2014 às 12h32.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que a alta generalizada dos juros em todas as modalidades de crédito no mês de fevereiro é efeito da elevação da Selic desde abril do ano passado.
"O aumento das taxas foi abrangente, subiu na maior parte das modalidades". Ele destacou que a taxa de juros do cheque especial (156,6% ao ano em fevereiro) chegou ao seu patamar mais alto desde junho de 2012.
Questionado sobre a elevação das taxas mesmo em um cenário de queda de inadimplência, Maciel explicou que outros fatores também influenciam os spreads bancários. "A composição da carteira dos bancos e o perfil dos tomadores também impactam spreads, não apenas a inadimplência", argumentou.
O spread bancário médio no crédito livre subiu de 18,9 pontos porcentuais em janeiro para 19,7 pontos porcentuais em fevereiro, conforme o BC. O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 27,4 pontos porcentuais para 28,7 pontos porcentuais.
Para pessoa jurídica, o spread médio subiu de 11,7 pontos porcentuais para 11,9 pontos porcentuais no período. O spread médio do crédito direcionado subiu de 2,8 pontos porcentuais para 2,9 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro.
O spread médio no crédito total (livre + direcionado) passou de 11,8 pontos porcentuais para 12,2 pontos porcentuais. O BC informou também que a taxa de captação dos bancos no crédito livre ficou estável em 11,8% ao ano no período.