Economia

Juros recuam com fala de Tombini sobre inflação

O presidente do BC disse ver "alguns progressos em relação ao pico de inflação"


	Tombini, do BC: "há progresso na inflação mesmo com mercado de trabalho forte", disse
 (Wilson Dias/ABr)

Tombini, do BC: "há progresso na inflação mesmo com mercado de trabalho forte", disse (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 09h55.

São Paulo - Os juros futuros foram às mínimas com novas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a inflação.

Em palestra na London School of Economics, nesta manhã, Tombini disse ver "alguns progressos em relação ao pico de inflação". Ele afirmou ainda que "há progresso na inflação mesmo com mercado de trabalho forte".

Na semana passada, em Davos, ele havia se referido à desaceleração da alta dos preços, mas o humor internacional já estava negativo, com forte valorização do dólar, o que prevaleceu ante a fala da autoridade monetária.

O contrato de DI para janeiro de 2015, que subia na abertura, virou e passou a cair, a 11,09%, de 11,13% no ajuste de sexta-feira.

Nos primeiros negócios, as taxas avançavam com nova rodada de deterioração das expectativas inflacionárias. Mesmo com a surpresa positiva do IPCA-15 de janeiro, que ficou abaixo das previsões do mercado, a mediana das projeções para o IPCA de 2014 passou de 6,01% para 6,02%. No caso de 2015, foi de 5,60% para 5,70%.

Sobre o mercado de câmbio, Tombini disse hoje que a "depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal". "Diante disso, estamos agindo para evitar o repasse desse movimento para a inflação", afirmou.

Às 9h30, o dólar estava estável em relação ao real, a R$ 2,3970, depois de abrir com leve alta, a R$ 2,3980 (+0,04%). O futuro opera em queda (-0,23%). Após o leilão de swap, a moeda bateu mínima no mercado à vista, a R$ 2,3930 (-0,17%).

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralEconomistasInflaçãoMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta