Taxa de juros: os DIs acompanham a arrancada do dólar à vista, que superou a maior cotação intraday na história do Plano Real (TimArbaev/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 10h40.
São Paulo - As taxas no mercado de juros futuros abriram a terça-feira, 22, em forte alta, com pelo menos três contratos superando com folga os 16% ao ano até o momento.
Os DIs acompanham a arrancada do dólar à vista, que superou a maior cotação intraday na história do Plano Real.
O dólar à vista abriu acima do patamar dos R$ 4 no que está sendo considerado o "Dia D" para o governo.
Está programada para a terça, às 19 horas, a apreciação pelo Congresso Nacional de vetos da presidente Dilma Rousseff. Caso os eles venham a ser rejeitados, o ajuste fiscal e a governabilidade sentirão um forte baque.
Às 9h21, o para janeiro de 2021 apontava 16,11%, ante 15,81% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 16,21%, ante 15,81% no ajuste de ontem.
E o DI para janeiro de 2018 indicava de 16,09%, ante 15,84% no ajuste de ontem. Um leilão extra do Tesouro anunciado na segunda-feira, 21, pode conter um pouco a tensão.
Entre indicadores brasileiros, o IBGE divulgou o IPCA de setembro (0,39%). O resultado ficou acima da mediana calculada pelo AE Projeções (serviço especializado da Agência Estado), de 0,38%.
O mercado também avalia a nomeação do atual diretor de Administração, Altamir Lopes, para ocupar a diretoria de Política Econômica (Dipec) do BC.
O economista assumirá o cargo no lugar de Luiz Awazu Pereira da Silva, que será vice-presidente do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Suíça.
Como já integrava a diretoria colegiada, Lopes não terá de passar pela sabatina no Senado Federal. Qualquer outro funcionário do BC que não integrasse a diretoria colegiada, assim como nomes externos à instituição, teriam de se submeter à avaliação dos senadores.
Mais cedo, a FGV informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de setembro caiu 2,5% na comparação com o resultado final de agosto, para 66,3 pontos.
O dado, já livre de influências sazonais, indica que a confiança atingiu neste mês o menor nível de toda a série histórica, iniciada em abril de 1995.