Bandeiras de cartão de crédito: das seis linhas de crédito analisadas para pessoa física, apenas uma se manteve estável: a de cartão de crédito rotativo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 12h48.
São Paulo - As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em outubro deste ano, pela sexta vez no ano, conforme pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A elevação pode ser atribuída à última alta da taxa básica de juros, a Selic, para 9,5% ao ano, avalia o coordenador da pesquisa, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
A previsão de Oliveira, da Anefac, é de nova alta da Selic em novembro, devido às recentes pressões inflacionárias. "Por conta disso é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", afirmou, em nota.
A taxa média de juros para pessoa física subiu 0,54% na margem, ao passar de 5,53% ao mês em setembro (90,77% ao ano) para 5,56% ao mês (91,42% ao ano) em outubro. A taxa de outubro é a mais alta desde novembro do ano passado.
Das seis linhas de crédito analisadas para pessoa física, apenas uma se manteve estável: a de cartão de crédito rotativo. As demais foram elevadas em outubro.
Já para pessoa jurídica, as três linhas de crédito pesquisadas apresentaram elevação no último mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica teve alta de 0,94%, ao passar de 3,18% ao mês (45,59% ao ano) em setembro para 3,21% ao mês (46,10% ao ano) em outubro, também a maior desde novembro do ano passado.
O coordenador do estudo aponta que, desde julho de 2011 a outubro deste ano, considerando as alterações da Selic, a taxa básica de juros caiu 3 pontos porcentuais - de 12,50% ao ano em julho de 2011 para 9,50% ao ano no último mês. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou redução de 26,79 pontos porcentuais - de 121,21% ao ano para 91,42% ao ano.
Já nas taxas praticadas para pessoa jurídica houve redução de 14,93 pontos porcentuais, ao sair de 61,03% ao ano em julho de 2011 para 46,10% ao ano em outubro deste ano.