O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker: "colocar uma democracia contra outras 18 não é uma atitude adequada para a grande nação grega" (John Thys/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2015 às 09h02.
Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, fez críticas duríssimas ao governo da Grécia por rejeitar o pacote de reformas em troca de dinheiro no fim de semana, afirmando que sentiu-se traído pessoalmente.
Juncker disse que ainda acredita que a saída da Grécia da zona do euro não é uma opção, mas alertou que ele sozinho não pode proteger Atenas de outros líderes que possam discordar.
Em uma coletiva de imprensa rara, emergencial, na sede em Bruxelas da Comissão Europeia, Juncker analisou o que, segundo ele, foi uma oferta justa feita à Grécia, que era mais socialmente justa do que o governo havia buscado -- efetivamente passando por cima do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, apelando diretamente aos eleitores gregos, a quem Tsipras pediu que rejeitem o plano no referendo no domingo.
"Colocar uma democracia contra outras 18 não é uma atitude adequada para a grande nação grega", disse Juncker.