Economia

Juiz anula medidas contra a Argentina e país deixa moratória

O governo argentino pediu ao juiz a suspensão definitiva das medidas que impedem que o país tenha acesso mercados financeiros


	Argentina: o governo argentino pediu ao juiz a suspensão definitiva das medidas que impedem que o país tenha acesso mercados financeiros.
 (Martin Acosta / Reuters)

Argentina: o governo argentino pediu ao juiz a suspensão definitiva das medidas que impedem que o país tenha acesso mercados financeiros. (Martin Acosta / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 14h02.

O juiz federal dos Estados Unidos Thomas Griesa suspendeu nessa sexta-feira suas medidas contra a Argentina, tirando o país da moratória, depois de o país ter pago seus credores por títulos públicos vencidos desde 2001.

"Tendo revisado de maneira cuidadosa as apresentações da República, o tribunal encontra agora que as condições precedentes foram cumpridas. Desse modo, as medidas cautelares ficam anuladas em todos os casos", afirmou Griesa em um texto divulgado pouco depois de ter recebido as provas de que a Argentina recebeu esses pagamentos.

A Argentina notificou nesta sexta-feira o juiz federal americano Thomas Griesa sobre o pagamento aos fundos "abutres" e outros demandantes da dívida em default desde 2001.

O governo argentino pediu ao juiz a suspensão definitiva das medidas que impedem que o país tenha acesso mercados financeiros.

Em uma carta enviada por seu advogado Michael Paskin, o governo do presidente Mauricio Macri informou que "a República realizou o pagamento completo conforme os termos específicos de cada acordo" com os demandantes com os quais se comprometeu até 29 de fevereiro.

Depois de cumprir com este requisito final, a Argentina pediu ao juiz Griesa que assine uma ordem para confirmar a "suspensão das cautelares em todas as causas" contra e deixe definitivamente o default de 2001, ficando livre para voltar aos mercados financeiros sem qualquer restrição.

A Argentina pagou aos fundos "abutres" NML Capital e Aurelius e outros demandantes com dinheiro proveniente de uma emissão de 16,5 bilhões de dólares autorizada por Griesa.

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