Economia

Jucá diz que governo enviará nova meta fiscal nesta semana

Segundo o ministro, a votação da alteração da meta da superávit fiscal pode ficar para a próxima semana, mas não pode passar do dia 30 de maio


	Romero Jucá: "Estamos avaliando algumas questões, uma dessas é a da Eletrobrás, que pode gerar um impacto inesperado nas contas públicas"
 (Valter Campanato/ABr)

Romero Jucá: "Estamos avaliando algumas questões, uma dessas é a da Eletrobrás, que pode gerar um impacto inesperado nas contas públicas" (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 19h48.

Brasília - O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse nesta segunda-feira que o governo enviará ainda esta semana a nova meta fiscal do ano, acrescentando que o número depende de variáveis como a situação da Eletrobrás e a renegociação da dívida dos Estados com a União.

"Estamos discutindo a questão da meta fiscal", disse Jucá ao chegar ao Ministério de Minas e Energia para reunião sobre a Eletrobrás.

"À medida que fechar o número vamos apresentar ao Congresso ainda esta semana."

Segundo o ministro, a votação da alteração da meta da superávit fiscal pode ficar para a próxima semana, mas não pode passar do dia 30 de maio.

"Estamos avaliando algumas questões, uma dessas é a da Eletrobrás, que pode gerar um impacto inesperado nas contas públicas", acrescentou.

Na semana passada, Jucá disse que o atraso na entrega dos formulários 20-F de 2014 e 2015 pela estatal ao órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, a SEC, poderia obrigar a companhia a quitar antecipadamente entre 20 e 40 bilhões de reais em dívidas.

Nesta tarde, o diretor financeiro da Eletrobrás, Armando Casado de Araújo, disse que a estatal não possui em suas dívidas nenhuma cláusula de vencimento antecipado associada à não entrega dos formulários 20-F à SEC.

Ele afirmou, no entanto, que o risco de a companhia não conseguir entregar as informações a tempo à SEC e à Bolsa de Nova York "é elevado".

Já as negociações com os Estados precisam ser retomadas depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu no final do mês passado por 60 dias o julgamento de ações que abrem caminho para o recálculo das dívidas estaduais com juros simples.

Na sexta-feira, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que "tudo indica" que o déficit primário deste será maior do que os pouco mais de 96 bilhões reais previstos anteriormente e não descartou a elevação de impostos para equilibrar as contas públicas.

Ao falar da meta fiscal nesta tarde, Jucá disse que aumentar impostos "não é a primeira opção". "O governo está tentando diminuir despesas, animar a economia", disse.

Acompanhe tudo sobre:EletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasHoldingsMinistério do PlanejamentoServiços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto