Economia

JPMorgan corta previsão para taxa Selic a 1,75% ao fim do ano

O banco passou a ver corte de 0,75 ponto percentual da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês

JPMorgan: o banco passou a ver corte de 0,75 ponto percentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária deste mês (Lucy Nicholson/Reuters)

JPMorgan: o banco passou a ver corte de 0,75 ponto percentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária deste mês (Lucy Nicholson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de junho de 2020 às 16h49.

O JPMorgan cortou a 1,75% a expectativa para a meta Selic ao fim deste ano, ante estimativa anterior de 2,50%, citando melhora do ambiente externo e riscos crescentes de uma recuperação econômica mais fraca no Brasil.

O banco passou a ver corte de 0,75 ponto percentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês (contra 0,50 ponto percentual antes), e adicionou uma redução de 0,50 ponto no encontro de agosto, quando o BC pararia o ciclo de afrouxamento monetário, segundo o JPMorgan.

Com isso, a Selic terminaria o ano em 1,75%, ante os atuais 3,00%.

Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, que assinam o relatório com data desta quinta-feira, avaliam chances de cenário alternativo no qual o Copom promoveria dois cortes de 0,50 ponto até agosto, levando a Selic a 2,00%, à espera de mais clareza do lado fiscal e da estabilidade financeira.

"Embora reconheçamos o benefício de uma abordagem mais gradual, dada a preocupação com as perspectivas fiscais, a comunicação recente de autoridades de política monetária sugere que eles favoreceriam um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião", escreveram no relatório.

Os profissionais do banco norte-americano inclusive avaliam que, pelas estimativas com base nas chamadas regras de Taylor, pode haver "ainda mais espaço" para alívio monetário para além de 1,75%. Porém, acreditam que neste momento isso não acontecerá devido ao risco de médio prazo à estabilidade fiscal.

"Se o risco de perda da âncora fiscal transparecer, o BCB poderia ser forçado a reverter a flexibilização (monetária)", ponderaram.

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