Economia

JP Morgan vê Brasil e Chile como exceções regionais sobre juros

Sobre o Brasil, dono da maior economia latino-americana, Oganes disse que a produção manufatureira segue estancada e a inflação desacelerando mais do que o esperado

Luis Oganes, chefe de pesquisa econômica do banco para a América Latina, disse que a economia da região poderia crescer 3,6 por cento como um todo neste ano (Getty Images)

Luis Oganes, chefe de pesquisa econômica do banco para a América Latina, disse que a economia da região poderia crescer 3,6 por cento como um todo neste ano (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2012 às 14h49.

Lima - A América Latina manterá estáveis suas taxas de juros até o fim do ano em meio a um crescimento econômico na região em linha com o seu potencial, com exceção do Brasil, que cortaria a Selic uma vez mais na próxima reunião do Copom, e do Chile, que a elevaria em duas ocasiões no período, afirmou o banco de investimento JP Morgan.

Luis Oganes, chefe de pesquisa econômica do banco para a América Latina, disse à Reuters que a economia da região poderia crescer 3,6 por cento como um todo neste ano, enquanto os Estados Unidos se recuperam e a China desacelera.

"O crescimento da América Latina em 2012 estará em linha com seu potencial de 3,7 por cento", afirmou. "Então a desaceleração da região não será dramática", acrescentou.

Sobre o Brasil, dono da maior economia latino-americana, Oganes disse que a produção manufatureira segue estancada e a inflação desacelerando mais do que o esperado.

Segundo as projeções do JP Morgan, o Brasil registrará crescimento econômico de 3,1 por cento, abaixo de seu potencial de 4,0 por cento.

"Isso está dando espaço ao Banco Central para que corte juros. Na próxima semana, há uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e esperamos por um último corte de 0,75 ponto percentual e chegar a 9 por cento, parando aí", completou Orgones.

Acreditamos que a inflação não permitirá mais cortes, porque certamente a inflação vai subir um pouco no segundo semestre do ano", acrescentou o chefe de pesquisa econômica em visita a Lima.

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