Após a crise nuclear, o país interrompeu as atividades de 54 reatores atômicos, que em 2010 eram responsáveis por quase um terço do total da geração energética (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 18h28.
Tóquio - Vestidos com camisas de mangas curtas, sandálias e jeans, muitos trabalhadores japoneses iniciaram nesta sexta-feira uma campanha promovida pelo governo para reduzir o uso do ar-condicionado nos escritórios e economizar energia.
O Ministério do Meio Ambiente lançou mão da iniciativa, pelo segundo ano consecutivo, em um momento no qual o país enfrenta um blecaute nuclear.
Após a crise nuclear, iniciada em março de 2011 na central de Fukushima, o país interrompeu as atividades de seus 54 reatores atômicos, que em 2010 eram responsáveis por quase um terço do total da geração energética do arquipélago.
A nova campanha se junta a outras iniciativas governamentais para reduzir o consumo energético no Japão, como a que pede às famílias que busquem alternativas ao uso de aparelhos elétricos na hora de aliviar o calor.
Além do Governo, muitas empresas japonesas tomaram medidas extraordinárias para enfrentar a escassez energética nos meses mais quentes do ano, como a Aeon, a maior cadeia de supermercados do Japão, que anunciou nesta sexta-feira que todas suas lojas abrirão às 7h para economizar eletricidade.
Para poder garantir o fornecimento de energia, o Governo japonês prepara-se para anunciar em breve a reabertura dos primeiros reatores da usina nuclear de Oi, na província de Fukui.