Energia eólica: o primeiro projeto é uma fábrica de cerca de 40 mil kw na prefeitura de Akita, no Norte do Japão (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 07h15.
O Japão vai triplicar a capacidade de produção de energia eólica (gerada pelos ventos) até 2020, segundo estimativa publicada hoje (19) pelo diário económico Nikkei, com base nos planos de investimentos das principais empresas do setor.
O jornal adianta que a Eurus Energy Holdings e a J-Power pretendem investir 60 bilhões de ienes (478 milhões de euros) em novas instalações nos próximos cinco anos.
A Eurus, uma joint-venture entre a corretora Toyota Tsusho e a operadora da Central Nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power (Tepco), planeja instalar 200 mil kilowatts (kw) durante esse período, o que elevaria sua capacidade para até 850 mil kw.
O primeiro projeto é uma fábrica de cerca de 40 mil kw na prefeitura de Akita, no Norte do Japão, cuja construção deve começar ainda este ano.
A J-Power também quer um aumento em torno de 200 mil kw, até 600 mil, a partir de novos centros de geração de energia em Hokkaido (Norte) e Ehime (Sul).
O jornal Nikkei estima que esses projetos e outros de menor escala vão contribuir para aumentar a capacidade de produção de energia eólica do Japão dos atuais 3 milhões de kw para até 10 milhões, o que equivaleria a uma dezena de centrais nucleares.
O governo japonês propôs aumentar a proporção da eletricidade gerada por meio de energias renováveis dos atuais 3% para 15% até 2030.
Apesar das vantagens da eólica em relação a outras fontes renováveis, esse tipo de energia pouco avançou nos últimos anos devido aos procedimentos administrativos e estudos de impacto ambiental exigidos para novas instalações.
Desse modo, a energia eólica atende apenas a 0,5% das necessidades de eletricidade do Japão, valor muito abaixo de países como a Alemanha (9,6%), os Estados Unidos (4,4%) ou a China (2,8%).