Economia

Japão vai reduzir projeções de inflação, dizem fontes

A avaliação pessimista do governo pode ampliar as dúvidas do mercados sobre as projeções otimistas de preços do Banco do Japão


	Iene: o governo estima a inflação ao consumidor em 0,4 por cento para o atual ano fiscal
 (Yuriko Nakao / Reuters)

Iene: o governo estima a inflação ao consumidor em 0,4 por cento para o atual ano fiscal (Yuriko Nakao / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 08h24.

Tóquio - O governo do Japão deve cortar sua projeção para a inflação ao consumidor no atual ano fiscal e fazer uma estimativa para 2017 bem abaixo da meta do banco central de 2 por cento, disseram fontes do governo à Reuters nesta terça-feira.

A avaliação pessimista do governo pode ampliar as dúvidas do mercados sobre as projeções otimistas de preços do Banco do Japão e ampliar a pressão sobre o banco central para expandir o estímulo este mês em sua tentativa de conter os riscos deflacionários.

Em projeções preliminares a serem finalizados em uma reunião do gabinete na quarta-feira, o governo estima a inflação ao consumidor em 0,4 por cento para o atual ano fiscal que termina em março de 2017, contra 1,2 por cento projetado em janeiro, disseram as fontes.

A redução provavelmente reflete um crescimento econômico mais fraco do que o esperado e o impacto de fatores externos como a queda dos preços do petróleo e o iene forte, que está reduzido os custos de importação.

Fontes disseram que o governo projeta inflação de 1,4 por cento para o ano fiscal de 2017, bem abaixo da meta de 2 por cento que o banco central diz que será atingida durante aquele ano.

O governo não estava imediatamente disponível para comentar.

Os mercados estão convivendo com as especulações de que o Banco do Japão cortará suas projeções de inflação e ampliará seu já forte programa de estímulo na reunião de 28 e 29 de julho, à medida que os efeitos do iene forte sobre as exportações e o consumo fraco ampliam as pressões para baixo sobre a economia e os preços.

As estimativas preliminares mostram que o governo prevê crescimento econômico de 0,9 por cento no atual ano fiscal, contra a previsão de 1,7 por cento feita em janeiro, disseram as fontes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosFinançasInflaçãoJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto