O governo busca cortar pela metade a relação do déficit orçamentário primário com o Produto Interno Bruto (PIB) até o ano fiscal de 2015/16 em relação ao nível de 2010/11 (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 09h50.
Tóquio - O Japão não atingirá sua meta de cortar o déficit fiscal mesmo se conseguir um crescimento econômico de 3 por cento, a menos que faça mais cortes de gastos, segundo estimativa do governo obtida pela Reuters nesta segunda-feira.
O governo busca cortar pela metade a relação do déficit orçamentário primário com o Produto Interno Bruto (PIB) até o ano fiscal de 2015/16 em relação ao nível de 2010/11, e atingir um superávit primário até 2020/21.
Isso está se tornando cada vez mais difícil depois que o Japão decidiu emitir 43 trilhões de ienes (460 bilhões de dólares) em novos títulos sob o orçamento estatal para o próximo ano fiscal, impulsionando os gastos públicos para reanimar a economia.
O balanço orçamentário primário do país, que exclui os custos de manutenção da dívida e a renda de vendas de títulos, mostrou um déficit de 6,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano fiscal de 2010/11.
Mesmo se o Japão atingir um crescimento econômico nominal médio de 3 por cento, a proporção só irá melhorar para 3,3 por cento do PIB sem cortes de gastos, mostrou a estimativa.
Se o Japão conseguir um crescimento médio de 1,5 por cento, a taxa ficará em 3,8 por cento do PIB sem cortes de gastos.
O Japão registrou uma expansão de 1,3 por cento no PIB nominal em 2010/11, mas sofreu uma contração de 1,4 por cento no ano fiscal que terminou em março de 2012.