Primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe: governo coletará opiniões de 60 pessoas sobre a reforma fiscal mais significativa do Japão em anos (REUTERS/Timothy Sim)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2013 às 10h04.
Tóquio - O governo do Japão inicia uma semana de audiências com economistas, líderes empresariais e defensores do consumidor nesta segunda-feira que podem influenciar a decisão do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de como proceder com o aumento planejado no imposto sobre vendas do país.
Durante seis dias de audiências até sábado, o governo coletará opiniões de 60 pessoas sobre a reforma fiscal mais significativa do Japão em anos --uma mudança que é impopular, mas igualmente vista como necessária para reduzir a dívida pública do Japão, que recentemente atingiu 1 quatrilhão de ienes (10 trilhões de dólares).
Os participantes incluem acadêmicos, chefes de sindicatos trabalhistas e do consumidor e executivos de empresas que vão desde um pequeno fabricante de molas até a gigante de automóveis Toyota Motor.
Sob um acordo com vários partidos no ano passado, o imposto sobre vendas aumentará para 8 por cento ante 5 por cento em abril do próximo ano, e subirá para 10 por cento em outubro de 2015, para pagar o aumento dos custos de vida da sociedade japonesa, que envelhece.
Mas o governo deve se certificar de que a economia está forte o suficiente para resistir ao fardo do aumento de imposto antes de tomar a decisão final sobre se deve implementar o plano. A taxa é similar ao imposto geral sobre vendas ou imposto de valor agregado em outros países.
Abe tomará a decisão final com base em uma síntese do debate compilada pelo ministro da Economia, Akira Amari.
Comentários feitos nas audiências podem oferecer pistas sobre qual direção a administração de Abe irá se inclinar em termos de cronograma e proporção dos aumentos de imposto. As audiências também podem afetar quais medidas o governo adota para aliviar a economia do impacto dos aumentos de imposto se eles ocorrerem como programado, dizem analistas.