Japonesa conta notas de iene: taxa de juros entre o Japão e os Estados Unidos ajudará a manter o iene fraco contra o dólar (Yoshikazu Tsuno/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 07h37.
Tóquio - O início suave da redução pelo Federal Reserve do estímulo à economia dos Estados Unidos sem afetar os mercados remove uma incerteza para o banco central do Japão, dando a ele mais tempo para decidir se mais expansão monetária será necessária no próximo ano, disseram analistas.
Os mercados aceitaram com tranquilidade a decisão do Fed de reduzir o estímulo, exatamente como muitas autoridades do BC japonês esperavam, dado que era apenas uma questão de tempo para que o banco central dos EUA agisse.
A decisão do Fed, e o comprometimento com taxas de juros baixas, destacaram as perspectivas melhores para a economia dos EUA, reduzindo as preocupações que algumas autoridades do BC japonês levantaram sobre o cenário econômico global, disseram analistas.
Com o Japão mantendo sua política ultrafrouxa mesmo com a redução do estímulo do Fed, a diferença de taxa de juros entre os dois países ajudará a manter o iene fraco contra o dólar, em um alívio para a economia dependente de exportações do Japão, disseram eles.
"Não vejo impacto sobre a decisão do BC japonês", disse Masayuki Kichikawa, economista-chefe do Bank of America Merrill Lynch.
"Mas se o dólar subir para 110 ou 115 ienes no próximo ano, o BC do Japão pode aguardar antes de afrouxar de novo, já que a taxa de câmbio continuará a dar uma contribuição positiva para os preços ao consumidor." A decisão do Fed e suas implicações políticas deverão estar entre os principais tópicos quando o conselho do BC japonês se reunir por dois dias até sexta-feira.