Economia

Japão e Austrália entram em acordo bilateral

A Austrália deve retirar o tributo de 5% sobre carros de pequeno e médio porte do Japão


	O Japão é o quarto maior parceiro comercial da Austrália, atrás da China, Estados Unidos e Coreia do Sul
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

O Japão é o quarto maior parceiro comercial da Austrália, atrás da China, Estados Unidos e Coreia do Sul (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 20h56.

Tóquio - Os líderes do Japão e Austrália anunciarão, nesta segunda-feira, que entraram em acordo para um pacto de comércio, após sete anos de negociações, informaram fontes familiares com o negócio, de acordo com a edição de domingo do The Nikkei. O acordo de parceria econômica deve ser assinado em breve.

Entre os pontos da negociação, a Austrália deve retirar o tributo de 5% sobre carros de pequeno e médio porte do Japão. Já o Japão deve reduzir a tarifa sobre a carne australiana, atualmente em 38,5%.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o premiê australiano, Tony Abbott, devem conversar sobre os pontos em reunião na segunda-feira, após a realização de uma coletiva de imprensa.

O Japão, no entanto, estuda deixar uma tarifa mais elevada sobre a carne bovina australiana refrigerada, que compete de forma mais direta com os cortes internos do que o tipo congelado. Tóquio também estuda restringir as importações de carne bovina resfriada.

No setor automobilístico, a Austrália irá eliminar primeiro a tarifa sobre carros pequenos e médios, que correspondem de 70% a 80% das importações do País. A retirada das taxas de veículos maiores tende a ocorrer ao longo de três anos ou mais. O acordo permitirá uma maior competitividade dos automóveis japoneses com os sul-coreanos, que já firmaram acordo semelhante com a Austrália.

Com cerca de 6,6 trilhões de ienes no ano passado, o Japão é o quarto maior parceiro comercial da Austrália, atrás da China, Estados Unidos e Coreia do Sul. A carne australiana, por sua vez, corresponde a 36% do mercado japonês, atrás somente do produto doméstico. Fonte: Dow Jones Newswires.

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