Economia

Japão diz que vai agir se desaceleração ameaçar meta

Desaceleração do crescimento global e a crise fiscal nos Estados Unidos estão entre os principais riscos para a economia japonesa


	Yenes: "Se, à luz das incertezas globais, a realização de nossa meta de inflação de 2 por cento se tornar difícil, será necessário tomar mais medidas"
 (Yuriko Nakao)

Yenes: "Se, à luz das incertezas globais, a realização de nossa meta de inflação de 2 por cento se tornar difícil, será necessário tomar mais medidas" (Yuriko Nakao)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 09h15.

Tóquio - A desaceleração do crescimento global e a crise fiscal nos Estados Unidos estão entre os principais riscos para a economia japonesa, disse o vice-presidente do Banco do Japão, ressaltando que a disposição do banco central para aliviar a política monetária aumentará caso sua meta de inflação de 2 por cento seja ameaçada.

Mas Kikuo Iwata disse que, por enquanto, a economia japonesa está caminhando para uma recuperação estável. E gradualmente verá o aumento dos preços acelerar em direção a 2 por cento graças, em parte, a um pacote de estímulos fiscais planejado pelo governo.

"Se, à luz das incertezas globais, a realização de nossa meta de inflação de 2 por cento se tornar difícil, será necessário tomar mais medidas", afirmou Iwata, durante simpósio universitário em Tóquio, nesta sexta-feira.

Iwata, ex-acadêmico conhecido como um forte defensor de políticas de recuperação, teve um papel fundamental na elaboração no plano de estímulos monetários do BC do Japão colocado em prática em abril. O banco planeja dobrar a base monetária do país para elevar a taxa de inflação para 2 por cento em cerca de dois anos.

A economia japonesa está se recuperando em linha com a projeção do banco de um desempenho moderado, com o consumo das famílias agindo como um importante direcionador do crescimento e as empresas gradualmente aumentando as despesas de capital, ele disse.

O núcleo dos preços ao consumidor subiu 0,8 por cento em agosto ante o ano anterior, o maior ritmo de crescimento em aproximadamente cinco anos, embora grande parte da melhora tenha sido por causa do aumento dos preços de energia e do iene mais fraco que inflou os custos das importações de matéria-prima.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaInflaçãoJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto