Ministro das Finanças Taro Aso: "Japão explicou que sua política monetária tem o objetivo de alcançar uma estabilidade de preços e a recuperação econômica", disse (Issei Kato/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 10h32.
Washington - O G20, grupo das principais economias mundiais, aceitou a explicação do Japão de que seu agressivo afrouxamento monetário tem o objetivo de superar a deflação, e não de enfraquecer o iene.
O ministro das Finanças japonês, Taro Aso, afirmou após um jantar dos líderes de Finanças do G20 que reafirmou a determinação do país em continuar colocando em ordem suas questões fiscais para manter a confiança do mercado em suas finanças, além de impedir um súbito aumento nos rendimentos de títulos.
"O Japão explicou que sua política monetária tem o objetivo de alcançar uma estabilidade de preços e a recuperação econômica, e portanto está em linha com o acordo do G20 em fevereiro", disse Aso a repórteres. "Não houve objeções a isso na reunião", disse ele.
A expectativa é de que os líderes de Finanças do G20 confirmem uma promessa feita em fevereiro de evitar desvalorizações competitivas na reunião de dois dias que acaba nesta sexta-feira, realizada durante os encontros de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O BC do Japão deu início a um intenso estímulo monetário neste mês, prometendo injetar cerca de 1,4 trilhão de dólares na economia em menos de dois anos, uma grande mudança em relação a suas medidas anteriores.
A medida reduziu com força o valor do iene, levando a moeda a mínimas de vários anos contra o dólar e o euro e levantando críticas de que o país estaria tentando intencionalmente enfraquecer o iene para ganhar uma vantagem competitiva nas exportações.
"Explicamos (na reunião do G20) que estamos convencidos de que as medidas que estamos adotando serão boas para a economia global, já que irão ajudar a reanimar o crescimento japonês", disse Aso.
O FMI e a maioria dos países avançados endossaram o afrouxamento monetário do BC japonês considerando-o uma medida necessária para superar a deflação, mas alertaram que ele precisa ser acompanhado de reformas estruturais e de um plano confiável de reforma fiscal de longo prazo.