Voluntária em frente a cartazes do primeiro-ministro japonês e líder do Partido Liberal Democrata, Shinzo Abe, em um escritório eleitoral em Tóquio (Toru Hanai/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 08h43.
Tóquio - O governo do Japão aprovou uma série de medidas nesta sexta-feira para impulsionar o crescimento econômico, que até agora não conseguiu impressionar os mercados e fez o primeiro-ministro Shinzo Abe prometer mais ações após as eleições para o Senado no próximo mês.
A estratégia de crescimento faz parte do plano de retomada econômica que também inclui uma política monetária ultrafrouxa e grandes gastos do governo, que tem sido apresentado em partes ao longo dos últimos meses mas que tem sido recebido com baixo interesse por parte de investidores e analistas.
As medidas de crescimento propostas incluem a criação de zonas econômicas especiais, incentivos para aumentar o investimento privado e a participação das mulheres na força de trabalho, assim como medidas de desregulação em alguns setores.
Mas o desapontamento com a ausência de medidas como reduções nos impostos corporativos e liberalização do mercado de trabalho e setor agrícola aceleraram a queda nas ações japonesas.
Em resposta, o governo incluiu uma proposta para oferecer isenções fiscais a empresas que investirem em novos equipamentos e instalações.
"A estratégia de crescimento decidida hoje será o ponto de partida", disse Abe em mensagem por vídeo.
"Eu vou garantir estabilidade política e no outono (boreal)lançarei a segunda rodada da estratégia de crescimento." A economia japonesa está recuperando o ritmo, depois de expandir a uma taxa anualizada de 4,1 por cento no primeiro trimestre com a ajuda da melhora da demanda global, alívio aos exportadores com o iene mais fraco e confiança do consumidor e empresarial melhores. Tudo provocado pelo estímulo monetário sem precedentes do banco central japonês.
Mas ao mesmo tempo o iene recuperou parte das perdas e foi negociado nas máximas em 10 semanas na quinta-feira, enquanto as ações estão mais de 20 por cento abaixo do pico de cinco anos e meio atingido em 23 de maio.
Tais movimentações ameaçam afetar uma premissa importante do plano de Abe de que o efeito positivo do "Abenomics" irá se traduzir ao longo do tempo em crescimento sustentável do consumo, produção e renda.
Disposto a reconquistar a dinâmica, Abe prometeu apresentar uma série de reformas quando o Parlamento se reunir após a eleição do Senado, em 21 de julho.