Premiê japonês: Abe assumiu o cargo há 18 meses prometendo acabar com deflação e gerar crescimento sustentável (Toshifumi Kitamura/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 08h38.
Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/shinzo-abe">Shinzo Abe</a></strong>, apresentou um pacote de medidas nesta terça-feira com o objetivo de impulsionar o crescimento de longo prazo do país, de cortes tributários corporativos graduais a um papel maior para <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/mulheres">mulheres</a></strong> e trabalhadores estrangeiros.</p>
Abe assumiu o cargo há 18 meses prometendo acabar com a deflação e gerar crescimento sustentável com uma estratégia de três pilares, de afrouxamento monetário, gastos fiscais e reformas.
Especialistas dizem que a última parte de sua política econômica é um passo na direção certa, mas querem ver como ela será implementada.
Economistas privados consultados pela Reuters projetam que o plano pode impulsionar a taxa de crescimento potencial do Japão em 0,2-1,5 ponto percentual em relação ao seu nível atual de cerca de 0,5 por cento. Mas eles destacaram que isso pode levar tempo.
"Mesmo depois de a estratégia de crescimento do governo ser anunciada, várias leis precisam ser decretadas, e levará tempo para as empresas começarem a agir. Portanto, levará 10 a 20 anos para que a taxa potencial de crescimento suba", disse Kenji Yumoto, vice chairman do Instituto de Pesquisa do Japão.
Entre as medidas anunciadas até agora está um corte futuro na taxa de imposto efetiva de empresas --que está entre as mais altas do mundo-- para menos de 30 por cento ao longo dos próximos anos, e uma promessa para reformar o Fundo de Investimento de Pensão do Governo de 1,26 trilhão de dólares de maneira provável a realocar mais dinheiro ao mercado acionário.
O pacote de reforma de Abe deve ser bem recebido pelo banco central do Japão, que tem pedido por um governo ousado para ajudar a sustentar a atual recuperação alimentada em parte por seu forte estímulo monetário.