Economia

Itaú vê risco de baixa para previsão de Selic a 10% ao ano

No relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, o banco previu outro corte de 0,75 ponto percentual na reunião do Copom de fevereiro

Itaú: "Há de fato, a possibilidade real de termos a taxa básica novamente no patamar de um dígito entre 2017 e 2018", informou o banco em relatório (Reprodução/Wikimedia Commons)

Itaú: "Há de fato, a possibilidade real de termos a taxa básica novamente no patamar de um dígito entre 2017 e 2018", informou o banco em relatório (Reprodução/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 19h40.

São Paulo - O Banco Itaú afirmou nesta quinta-feira que vê um risco de baixa para sua projeção de Selic a 10 por cento ao ano no fim de 2017 após o Banco Central ter decidido na véspera cortar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 13 por cento.

"Há de fato, a possibilidade real de termos a taxa básica novamente no patamar de um dígito entre 2017 e 2018", informou o banco em relatório, assinalando que irá esperar a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima terça-feira para ter um quadro mais completo sobre o processo decisório do BC.

No relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, o banco previu outro corte de 0,75 ponto percentual na reunião do Copom de fevereiro.

Na quarta-feira, o Banco Central surpreendeu o mercado, que apostava, de maneira geral, num corte de 0,5 ponto percentual na Selic.

Maior banco privado do país, o Itaú foi um dos poucos que estimou uma redução de 0,75 ponto, na esteira da fraqueza econômica.

"A convergência da inflação para a meta em 2017 e, com peso gradualmente crescente em 2018 é considerada consistente com uma intensificação da flexibilização monetária em curso, daí a decisão (de quarta-feira) de reduzir a Selic em 0,75 pontos percentuais", disse o Itaú.

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