Economia

Itaú Unibanco reduz projeção para o PIB de 2011

No cenário básico do banco, o PIB de 2012 cresce 3,5%, a inflação fica em 5,2% e o dólar, em R$ 1,75 ao final deste ano

O Itaú Unibanco também cortou sua projeção para o superávit da balança comercial em 2012 (Wikimedia Commons)

O Itaú Unibanco também cortou sua projeção para o superávit da balança comercial em 2012 (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 18h18.

São Paulo - O Itaú Unibanco promoveu revisões em algumas de suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a despeito dos recentes sinais mais favoráveis da atividade. Para o quarto trimestre de 2011, a instituição reviu para baixo a expectativa de crescimento, de 0,4% para 0,2% (variação trimestral, com ajuste sazonal), "mesmo com os dados melhores (da economia) de novembro e dezembro", afirma a instituição em texto intitulado "Revisão de Cenário - Brasil: Devagar e para a frente". "Como resultado, reduzimos nossa projeção (do PIB) para 2,7%", de 2,8% anteriormente, afirma o relatório.

As previsões para a expansão da economia em 2012, contudo, foram preservadas. No cenário básico do banco, o PIB cresce 3,5%, a inflação fica em 5,2% e o dólar, em R$ 1,75 ao final deste ano. "O cenário leva em conta políticas expansionistas ao longo do ano", argumentam os economistas do Itaú Unibanco.

A instituição salienta que as revisões para baixo foram feitas a despeito de "pequenos progressos" vistos na reta final de 2011, como por exemplo o crescimento da indústria em novembro após três meses de declínio, recuperação das vendas no varejo e alta nos índices de confiança do consumidor. "O quarto trimestre parece ter se encerrado melhor do que começou: ainda fraco (como no terceiro), porém sem sinais de mais enfraquecimento", diz o texto. Os profissionais ponderam, contudo, que a indústria permanece com elevados níveis de estoques.

Para este ano, a perspectiva é mais otimista. "O cenário global que o Brasil enfrentará em 2012 é de baixo crescimento, porém sem ruptura. Neste cenário, o Brasil volta a crescer, principalmente no segundo semestre do ano."

Entre os estímulos que deverão amparar um crescimento mais firme a instituição menciona o novo salário mínimo de R$ 622 e a redução do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca. "Ambos são parte fundamental do crescimento do primeiro trimestre. Depois disso, o salário mínimo terá efeito residual, enquanto o efeito do IPI deve se tornar negativo (seu efeito é quase todo de antecipação das vendas)", afirmam os economistas.

Também serão importantes nesse processo os juros mais baixos e gastos públicos mais altos. "Ambos atuam com defasagens, cujo efeito sobre a economia acumula-se ao longo de alguns trimestres", explicam os profissionais.

O Itaú Unibanco também cortou sua projeção para o superávit da balança comercial em 2012. "Os preços um pouco mais altos de commodities em 2012 não vão ajudar de forma substancial a balança comercial", justifica o banco, que reduziu a previsão de saldo positivo de US$ 15 bilhões para US$ 11 bilhões no acumulado do ano.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasIndicadores econômicosItaúItaúsaPIB

Mais de Economia

Haddad diz que pacote de corte de gastos está fechado com Lula e será anunciado em breve

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump